segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Artigo V - comentário

Prezado Andre


Seguramente que tem

Como ser vivo

Como ser humano

Como direito inalienavel.

Seria odiento supor que restringir essa liberdade fosse ético, fosse correto.

Opina e se expressa o bebe prematuro a cada instante.

Mas paradoxalmente o profissional não conhece a leitura de seus sinais comportamentais.

Resume-se a catalogar e interferir nos danos fisiologicos causados pelas sindromes clinicas e a conhecer as minimas alterações de seus efeit os:

Cor, ritmo, tonalidade, indices bioquimicos, frequencias monitoradas...

Nunca se pergunta: o que esta me dizendo esse bebe quando cerra a mão, quando boceja ou simplesmente quando coloca a lingua pra fora ou quando soluça...

Jamais se pergunta: porque esses olhos arregalados? Porque essa falta de resposta ao estimulo doloroso? Porque esse sono que não passa?

Sono, bocejo, mão cerrada e soluço não são sinais que mereçam ser lidos e interpretados, afinal de contas...

Ah...

Ledo engano...

A lingua de sinais pronunciada pelo bebe prematuro merecia mais respeito...

Um dia quando compreendermos o significado completo da palavra negligencia nos aproximaremos da compreensão da voz do bebe que fala através de comunicação não verbal, de sinais que chamamos comportamentais e que podem muitas vezes serem traduzidos por fica comigo ou me deixa sozinho...

Todo prematuro tem direito a liberdade de opinião e expressao...

O homem do alto da sua insensibilidade é que ainda não se apercebeu disso...

Com carinho



Luis Tavares.

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